“Meu cabelo tem história” – Oficina de bonecas negras é realizada em Garanhuns

Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos promove oficina em alusão ao Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha […]

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publicado: 25/07/2021 21h30,
última modificação: 25/07/2021 21h30

Neste domingo, 25 de julho, se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Em alusão a esta data, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Garanhuns realiza a oficina de bonecas negras – “Meu cabelo tem história”, na comunidade Quilombola Castainho. Com o objetivo de fortalecer as raízes dessas mulheres ao fazê-las refletirem suas ancestralidades, o momento teve o seu primeiro dia nesta sexta-feira (23) e segue até esta segunda-feira, 26 de julho.

Na abertura desta importante comemoração, as mulheres quilombolas também puderam acompanhar uma conversa sobre ancestralidade feminina com a artista e educadora social do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Zahra Lins, além da apresentação de Coco com Dona Zeza que faz parte do grupo Mulheres Guerreiras Quilombolas. A oficina foi ministrada voluntariamente pela professora Deres Lino.

A secretária Eliane Madeira falou sobre a necessidade desse resgate histórico no município: “A gestão do Prefeito Sivaldo Albino está com um olhar voltado para a comunidade quilombola. Nós sabemos que nestes locais há uma grande fonte de cultura e de história, tanto da nossa região, com tantos quilombos, como também com a história ancestral do país. Muitos projetos estão sendo estudados pela Secretaria para colocarmos em prática com os quilombos de Garanhuns”, reforçou. O momento ainda contou com a presença da secretária da Mulher, Betânia Monteiro.

Boneca Tereza de Benguela – A oficina está sendo feita em alusão a Tereza de Benguela, uma importante heroína negra que após a morte do seu marido José Piolho, que comandava o Quilombo do Piolho, passou a ser chamada de “Rainha Tereza”. Foi durante sua liderança no quilombo que a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas. O dia 25 de julho é oficialmente celebrado no Brasil também como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Fotos: Hilton Marques