objetivo é fazer o acompanhamento das gestantes do pré-natal ao pós-parto
por RUTHE SANTANA
com edição de CLOVES TEODORICO
A Secretaria de Saúde de Garanhuns tem intensificado as ações de acompanhamento às mães e gestantes cujas crianças tenham sido notificadas com suspeita de microcefalia. O protocolo de atendimento dos casos com microcefalia, estabelecido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e adaptado pela Secretaria Municipal, foi divulgado na tarde desta quinta-feira (14) pela Coordenação da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica aos médicos, enfermeiros, dentistas e profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). O protocolo irá contemplar casos de feto com microcefalia intra-útero, gestantes, puérperas e bebês diagnosticados com a suspeita e/ou confirmação da malformação, além de gestantes com exantema.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco instituiu um protocolo para que os municípios saibam como atuar diante dos casos já identificados. Além do que o Estado estabelece, Garanhuns está incrementando esse serviço de acompanhamento com apoio psicológico e de assistência social.
Uma das coordenadoras da Atenção Básica, Anne Cotias, fala sobre a relevância do protocolo. “Essa medida é necessária para que todos saibam o que fazer, para onde encaminhar, quando fazer, e que todos tenham a mesma linguagem. Portanto, devemos seguir esse protocolo para que as medidas sejam tomadas em tempo oportuno e seguindo uma homogeneidade. Quanto as adequações propostas pelo município, é uma maneira de incrementar, melhorar esse fluxo, definindo uma atuação mais específica voltada para aquela família”, ressalta a coordenadora.
Toda gestante que for identificada com exantema – que são manchas vermelhas pelo corpo –, segue o fluxo de coleta de exames, realiza ultrassonografia (USG) entre a 32ª e 35ª semana de gestação e continua o pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS). Em caso de gestante com diagnóstico de feto com microcefalia intra-uterino durante o pré-natal, a mãe continua sendo acompanhada na UBS, repetindo a USG de acordo com a avaliação médica, conforme o protocolo. Em paralelo a isso, a gestante terá acompanhamento psicológico até o nascimento da criança e, posteriormente, durante o tratamento da mesma.
O protocolo também define diretrizes de atendimentos aos bebês nascidos com suspeita de microcefalia. Esses casos serão encaminhados à avaliação da Referência Estadual Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru (PE), para a investigação e, se necessário, serão submetidos a exames neurológicos e de imagem. Enquanto isso, a Unidade Básica de Saúde continuará acompanhando a mãe e o recém-nascido. Em caso confirmado de microcefalia, a criança passa a ser acompanhada por uma equipe multiprofissional, além do suporte emocional aos pais. Todas essas orientações do protocolo serão válidas tanto para a rede pública de saúde quanto para os hospitais privados.
Em Garanhuns, de acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal, 29 crianças já foram notificadas com suspeita de microcefalia e estão em investigação. Em relação a fetos com microcefalia intra-útero, apenas 1 caso foi notificado.
Fotos: Ruthe Santana
Data:14/01/2016
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