Peixes são usados como alternativa no combate ao Aedes aegypti em Garanhuns

publicado: 28/12/2015 11h07,
última modificação: 28/12/2015 11h07

Para quem deseja iniciar a criação dos peixes,
unidade de saúde da Cohab II realiza a entrega

Além das ações educativas, visitas domiciliares e utilização de larvicida, em Garanhuns, no Agreste Meridional de Pernambuco, a utilização de peixes em reservatórios de água têm sido mais uma das alternativas no combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, febre chikungunya e do zika vírus. Esse projeto, denominado “Peixe Vivo”, possibilita um controle ambiental de baixo custo, a fim de diminuir o índice de infestação. A ação está sendo realizada pelos profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Cohab II-2.

Após algumas reuniões e pesquisas, a ação começou a ser realizada em agosto deste ano. O agente comunitário de saúde, Ricardo Sobral, explica a eficácia da ação. “Essa medida consiste em nós distribuirmos gratuitamente peixes da raça guppy aos moradores, de acordo com a área de cada agente. Esses alevinos, de forma comprovada, comem até 100 larvas do mosquito por dia, garantindo assim, a certeza que seu reservatório estará seguro”, diz. Ainda de acordo com o agente, o fato de as pessoas procurarem o posto para receberem o peixe demonstra a conscientização e melhor atenção da população para minimizar o problema.

De acordo com a enfermeira da unidade, Hilda Madalena, a sociedade já tem dado um retorno positivo sobre a relevância do projeto. “O projeto tem sido bem sucedido na mobilização da comunidade, com uma ampla base de adeptos e altos níveis de aceitação de nossa população, como forma eficaz de reduzir a propagação da dengue”. Os peixes, que se alimentam das larvas deixadas pelo mosquito, interrompendo o ciclo de reprodução do inseto, são distribuídos aos moradores que procuram o posto e possuem reservatório com mais de mil litros. Como são peixes que, ao atingirem a fase adulta, são de fácil reprodução, a intenção é que ao desenvolverem filhotes, sejam repassados aos vizinhos.

Erivalda dos Santos, de 24 anos de idade, mora na Cohab II e por saber que sua vizinha adotou essa nova medida, também decidiu fazer o mesmo. “Eu fiquei sabendo dessa nova forma de combater o mosquito por meio de um agente de saúde que foi lá em casa. Depois fiquei sabendo com minha vizinha, que já cria peixe no reservatório da casa dela e me falou que depois disso não apareceu mais nenhuma larva na caixa dela. Por isso vim hoje aqui no posto, solicitar alguns pra mim também”, afirmou a moradora. A espécie, conhecida por guppy, é pequena, resistente e pode se alimentar de 100% das larvas que emergirem em 24 horas no reservatório.

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Texto e fotos: Ruthe Santana
Edição de texto: Cloves Teodorico
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