Violência contra a mulher negra é tema de conscientização no Cras Magano

publicado: 04/08/2017 14h59,
última modificação: 04/08/2017 14h59

Momento aconteceu em alusão ao Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

por DANIELA BATISTA
4 de agosto de 2017

A violência contra a mulher tem se tornado um tema cada vez mais necessário a ser discutido na sociedade. Pensando nisso, a Secretaria da Mulher de Garanhuns (Secmul) realizou, à convite, uma ação no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do bairro Magano nesta quinta-feira (3), com uma palestra a respeito da violência doméstica, sobretudo contra a mulher negra, em alusão ao Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, comemorado no último dia 25 de julho.

Durante o momento, foi traçado um percurso histórico da construção do racismo e como esse fator pode aumentar os números de violência doméstico-familiar contra a mulher negra. Segundo dados da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Ligue 180, do Governo Federal, cerca 59% dos casos de violência doméstica são formados por mulheres negras. Elas também são maioria nos casos de exploração sexual e tráfico com essa finalidade.

“A desigualdade, o racismo e a ausência de políticas públicas expõem muito mais a mulher negra. É importante que esses índices de violência sejam sempre avaliados dentro do contexto social histórico cultural. Se não for assim não se compreende esses dados e a situação não muda, apesar das leis”, comentou a titular da Secmul, Walkiria Alves. Sobre o momento, a secretária comentou a importância da conscientização. “Procuramos trazer essa discussão e mostrar o porquê desse racismo existir. Mesmo com o fato da maioria da nossa população ser composta por pardos e negros, o racismo ainda tem ressonância em todas as esferas da nossa sociedade e isso atinge diretamente a mulher negra”, finalizou.

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Fotos cedidas pela Secretaria da Mulher