Projeto Maria da Penha vai à Escola encerra culminâncias na Escola Gabriela Mistral

publicado: 20/12/2016 17h00,
última modificação: 21/12/2016 09h16

Ação é uma parceria da Secretaria da Mulher (Secmul)
com a Secretaria de Educação e Esportes (Seduce)

por DANIELA BATISTA

A Escola Gabriela Mistral realizou, na manhã desta terça-feira (20), a última reunião de culminância do projeto Maria da Penha Vai à Escola. A ação é uma parceria da Secretaria da Mulher (Secmul) com a Secretaria de Educação e Esportes (Seduce). Na ocasião, foram apresentados os resultados do projeto que foi realizado durante todo o ano.

Os professores puderam trabalhar o assunto durante o ano letivo de acordo com cada disciplina. Os alunos aprenderam sobre o combate à violência contra a mulher por meio de pesquisas de estatísticas, músicas, debates e produção de textos.

A gestora da escola, Águida Belo, explicou a importância de realizar um projeto com essa temática em um âmbito escolar. “Durante a realização desse projeto, a gente pôde perceber uma mudança de postura de alguns alunos. Nós sabemos que em nossa comunidade existe um alto índice da violência contra a mulher, e com essa ação nós pudemos dialogar sobre isso. Eles se abriram para falar mais a respeito. Dentro da realidade deles, é como se a violência tivesse se tornado uma coisa normal e corriqueira. Nesse projeto eles aprenderam que isso não é normal e que temos que denunciar. Deve existir esse diálogo. Esse é nosso objetivo enquanto escola”, ressaltou.

Uma das coordenadoras do projeto Maria da Penha Vai à Escola, Walkiria Alves, falou sobre o papel da escola no combate à violência contra a mulher.  “Essas apresentações mostram como a escola é importante. É nela que nós aprendemos a pensar e a questionar o mundo e querer mudá-lo. A violência contra a mulher é uma temática que vem sendo muito discutida. Com essa abertura, nós estamos entendendo que a violência é errada, em qualquer forma. Nós estamos entendendo que a casa da mulher não deve ser um lugar de medo, nem um lugar onde ela vai ser humilhada e maltratada. Às vezes, isso acontece na frente dos filhos, e como eles veem desde sempre, começam a achar que é normal. Violência não é normal. Muitas vezes essa realidade é tão cruel que a gente prefere não encarar, mas não dá mais para fazer de conta. A mulher é vítima de violência desde a infância, até a velhice. Nós queremos que todas as mulheres sejam respeitadas. E isso só vai mudar quando nós mudarmos nossa cultura. A gente deve levar a mensagem de que a gente não pode achar isso normal e engraçado. O respeito é o mais importante e a violência deve acabar”, explicou.

A Secretaria da Mulher informa que foram encerradas as reuniões de culminância de 2016, mas durante o ano de 2017 o projeto irá continuar a ser efetivado nas escolas da cidade.

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Fotos: Daniela Batista – Secom/PMG
Data: 21/12/2016
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