Secretaria de Educação promoveu programação especial para os profissionais
O Governo Municipal, por meio da Secretaria de Educação, realizou nesta segunda (21) uma ação intitulada “Vamos Fazer Diferente no Seu Dia”. O objetivo foi comemorar o Dia dos Professores de uma forma integrada e fora da rotina da sala de aula. Os profissionais participaram, durante a manhã, de oficinas temáticas na AESGA, e à tarde de uma palestra com Silvério Pessoa, na AABB.
Atualmente, Garanhuns possui 900 professores, divididos nas 60 escolas da Rede Municipal de Ensino. Para a secretária da pasta, Janecélia Marins Campos Branco, o evento vem proporcionar bem estar aos professores. “É com grande alegria que promovemos essa programação. Com certeza eles merecem um dia diferente. Acredito que nossa proposta foi aprovada”, comenta.
A professora de reforço da Escola Cabo Cobrinha, Anaína da Silva, de 26 anos de idade, participou da oficina de customização de vestuário e gostou da ideia. “Está aprovado, gostei muito. Foi um momento, realmente, diferente. Isso acaba influenciando de maneira positiva”, ressalta.
À tarde, o momento foi realizado na AABB e contou com o lançamento do livro Geografia do Município de Garanhuns, uma obra do garanhuense Carlos Guedes e com uma palestra ministrada por Silvério Pessoa. O prefeito Izaías Régis participou deste momento e ressaltou a importância dos trabalhos desempenhados pela Secretaria de Educação do município. “Cada um de vocês é um orgulho para Garanhuns, e agora nós conseguimos nos orgulhar também das nossas escolas. Vamos melhorar ainda mais a qualidade da educação no nosso Município. É um compromisso que tenho com vocês professores”, disse o prefeito. Segundo ele, duas novas escolas estão prestes a serem construídas. Uma delas vai abrigar a Escola Padre Agobar Valença e será construída ao lado de onde hoje funciona a referida escola. E a outra, será construída no bairro da COHAB II. “Um prédio de qualidade influencia positivamente num ensino de qualidade”, enfatizou o gestor.
Cada professor foi contemplado com um exemplar do livro – “Geografia do Município de Garanhuns – O Quadro Natural” – Volume I, contidos nos kits. Na ocasião o autor Carlos Guedes destacou a carência na área literária local e anunciou que mais dois volumes de sua obra serão lançados no próximo ano.
O evento foi bem prestigiado e atingiu o seu ápice com a apresentação do artista Silvério Pessoa, que pontuou questões da modernidade, em contextualização com o público presente. O cantor e educador pernambucano questionou: “Quem somos nós? Por uma escola mais humanizada”.
Silvério destacou que dentro de um panorama econômico afetivo/educacional a formação perde para a informação, e citou Paulo Freire: “ele acreditava que a educação é resultado do que pensamos o que é a sociedade”, defendeu, afirmando ainda vivermos numa crise de identidade, pois a moda é a das novelas. “As pessoas têm que ser chamadas pelo seu nome. E cultura popular deveria ser disciplina e não tema transversal, pois mexe com a identidade local”, argumentou o educador.
Em sua palestra, Pessoa também chamou a atenção de todos com a informação de que adolescentes em crise têm lotado os consultórios psicológicos. Na maioria das vezes os problemas surgem diante da cobrança dos pais para que esses adolescentes escolham profissões em dada área de ascensão sem respeitar o desejo dos jovens por outras escolhas. Tudo isto, segundo ele, gera a chamada psicoesfera interior. Ou seja: é a crise de convivência social gerando conflito interno nas pessoas.
Num dos momentos interativos com o público Silvério, observou: “se temos algo em comum, isto é comunidade”, conceituou ele, que afirmou que no mundo moderno a falta de relacionamento coloca o indivíduo na introspecção, ocasionando assim, problemas de saúde como o estresse, a depressão, a solidão, a apatia, a síndrome do pânico, e tantos outros males. “Às vezes um Eu te Amo resolve tudo”, defendeu ele em um de seus exemplos, afirmando que precisamos construir pontes entre nós e o outro.
Em suas observações, Silvério também defendeu uma cultura de paz no currículo escolar. “Nossos currículos históricos são de guerra. Porque não conseguimos estudar as histórias de Madre Tereza de Calcutá, Frei Damião, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Jesus Cristo, entre outros? A política pública para combater a violência é a multiculturalidade. Ou seja: estudar outras pessoas” defendeu ele.
Texto: Cássia Amaral e Cloves Teodorico
Fotos: Cássia Amaral e Cloves Teodorico
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