Pesquisa revela perfil do transporte alternativo de Garanhuns

publicado: 19/11/2014 11h20,
última modificação: 19/11/2014 11h20

Lucro do setor automobilístico do município tem
participação significativa na economia da cidade

Com o intuito de traçar o perfil do motorista, do transporte e das viagens feitas nas linhas municipais e distritais de Garanhuns, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) realizou, de 04 de setembro a 17 de outubro deste ano, uma pesquisa para avaliar o impacto numérico do transporte alternativo na economia. O relatório servirá para a elaboração de políticas públicas para melhorias no serviço do município.

Localizado no Agreste Meridional de Pernambuco, Garanhuns se tornou, ao longo do tempo, o município-polo da região. Aproximadamente 400 motoristas foram entrevistados. A atividade é responsável por grande movimentação econômica do setor automobilístico – incluindo os serviços de manutenção. Para medir a dimensão da participação na economia, os participantes responderam qual o local de compra do veículo. Ao todo, 177 (44,9%) optaram por comprar veículo em Garanhuns, outros 116 (29,44%) citaram outras cidades do Estado. Alagoas e São Paulo também foram citados na pesquisa de campo.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geandré Nogueira, a compra e venda de veículos para o serviço de transporte alternativo tem um considerável valor, se mostrando, também, influente na participação da economia. “Mais de 90% faz manutenção do carro aqui, pouco mais de 87% abastece em nossos postos de combustível e mais de 90% compra pneus em nossas lojas”, completa o titular da pasta, evidenciando uma movimentação superior a 85% dos motoristas na economia garanhuense.

O estudo mostra que o valor médio dos gastos com combustível tem amplitude de R$ 120,00 até R$ 540,00, tendo assim uma média de gastos semanais de R$ 250,00 por condutor – equivalendo a 12 mil reais mensais. Anualmente, esse valor pode chegar até R$ 4 milhões. Quanto a venda de pneus o valor anual injetado na economia ultrapassa os R$ 800 mil.

A média semanal de passageiros, vindos de municípios vizinhos para trabalho, atendimento médico, compras ou estudo, é de três viagens. O comércio é o mais beneficiado, já que a média de gastos de 52% dos entrevistados, numa única visita, é de até 300,00 reais. “Percebemos que as respostas dos passageiros e dos motoristas coincidiram nesse momento. A maioria visita o comércio e em segundo lugar ficou o polo médico”, destaca a estagiária do Departamento de Economia da SDE, Paula de Sá.

A pesquisa contou com a colaboração da Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (AMSTT) e servirá para, em conjunto com a Secretaria de Planejamento (Seplan), elaborar estratégias para beneficiar de maneira empreendedora os motoristas que atuam no transporte alternativo.


Texto: Cloves Teodorico
Foto: Divulgação
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