Garanhuns representará Pernambuco em evento internacional de tecnologia

publicado: 11/05/2017 09h07,
última modificação: 11/05/2017 09h07

O Hack a City é uma maratona de programação realizada simultaneamente em quatro países

por EDMÉA UBIRAJARA
11 de maio de 2017

Pela primeira vez, um município do interior foi escolhido como sede de um dos maiores eventos de tecnologia do mundo. De 2 a 4 de junho, Garanhuns será uma das cinco cidades que receberão o Hack a City, criado em Porto (Portugal), que também está entre as sedes. O evento ocorrerá ainda em Londres (Inglaterra), Paris (França) e Cuiabá (Brasil). A maratona de programação utiliza dados fornecidos pelas cidades para o desenvolvimento de soluções inteligentes e inovadoras que possam ter impactos positivos na gestão. O evento é realizado pela Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Gerência de Tecnologia da Informação, em parceria com a Prefeitura do Porto e entidades públicas e privadas.

Criado em Portugal, em 2015, o Hack a City foi expandido internacionalmente em 2016 com a participação da Espanha, Holanda e Brasil. A entrada de Garanhuns neste circuito de cidades só foi possível este ano, através da articulação por intermédio da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH), da qual faz parte. No Brasil, a coordenação geral do Hack a City é de Cláudio Nascimento, vice-presidente RBCIH, além de um time de técnicos especializados.

De acordo com o gerente de Tecnologia da Informação da Prefeitura de Garanhuns, José Augusto Branco, a dinâmica do Hack a City na cidade será intensa, como em toda maratona. No dia 2 de junho estão programados painéis sobre Tecnologias Cíveis, Gestão Pública e Cidades Inteligentes com a participação José Carlos Porto Arcoverde Júnior, conhecido pelo pseudônimo de H.D. Mabuse, consultor em design do C.E.S.A.R. A maratona, de fato, terá início às 10h da manhã do dia 3 de junho e seguirá de forma ininterrupta até às 10h da manhã do dia seguinte. Toda a infraestrutura necessária para a realização do evento foi cedida pelo Governo Municipal, em parceria com entidades privadas.

Serão 60 participantes, que formarão equipes de três a seis pessoas e receberão mentoria de 10 especialistas nos temas propostos. “Durante 24 horas, eles irão desenvolver soluções para as áreas de Segurança, Mobilidade, Desenvolvimento Social, Turismo, Meio Ambiente e outra, lançada apenas no dia do evento”, explica José Augusto. As inscrições para participar da Hack a City ainda serão abertas e gratuitas, voltadas para estudantes e profissionais das áreas de Tecnologia, Inovação, Criatividade, Gestão e áreas afins.

Ainda no 4 de junho, 10 jurados, referências nas áreas abordadas, escolherão três soluções campeãs. O 1º lugar será premiado com R$ 2 mil, o 2º lugar com R$ 1,5 mil e o 3º com R$ 1 mil.

Com cerca de 138 mil habitantes, segundo dados do IBGE, Garanhuns entra através do evento em um time de cidades interessadas em desenvolver soluções inteligentes. “Vale lembrar o quanto é importante Garanhuns participar desse tipo de evento. Queremos criar um ambiente empreendedor e de inovação no município e esse é um dos importantes passos”, afirma o gerente de Tecnologia. Os estabelecimentos de ensino público e privado que possuem na sua grade curricular as temáticas propostas pela maratona também foram convidados a participar do grupo que realizará o evento através do apoio e da divulgação.

HACK A CITY – Em tradução literal, Hackacity significa ‘hackear uma cidade’ e, embora essa expressão possa significar algo negativo, esse movimento é justamente para o bem da gestão pública e dos cidadãos. Isso porque, é uma maratona onde os participantes receberão dados públicos e os transformarão em soluções. Tudo no período de três dias. Os profissionais utilizarão plataformas de código aberto como Fiware para abordar os desafios enfrentados pelos cidadãos. A Plataforma Fiware não tem custo e possui módulos de software e componentes mais rápidos para se adaptar às mudanças no mercado e permitir que os desenvolvedores utilizem as mesmas peças de tecnologia em sua arquitetura de software, enquanto concepção e implementação de diferentes domínios.