Múltiplas cores e estilos na noite do sábado no FIG

publicado: 23/07/2017 03h59,
última modificação: 23/07/2017 03h59

Abertura dos shows foi com o grupo garanhuense Rogério e os Cabra

por AQUILLES SOARES

22 de julho de 2017

Em mais uma noite de grande público, diversos artistas subiram ao palco principal do 27° Festival de Inverno, na Praça Mestre Dominguinhos. Neste sábado (22), segundo dia de programação, 30 mil pessoas lotaram o espaço, de acordo com a Polícia Militar. Dando início às apresentações a banda Rogério e os Cabra, que tem à frente o vocalista e idealizador Rogério Diniz, foi a primeira atração da noite. Em sua primeira música, o grupo já evidenciou a essência que há muito tempo faz parte de suas composições: a mistura de ritmos nordestinos, sempre em busca da preservação da cultura local.

Esta é a décima vez que o grupo se apresenta durante o FIG. No repertório, elementos do rock estavam presentes, como na música “Cangaço”. O vocalista Rogério Diniz comentou a participação na noite. “Nada é mais gratificante do que você ser reconhecido, principalmente pela sua cidade. Temos um público fiel e ainda queremos mostrar nosso som para outras pessoas que vêm de fora”, declarou.

O segundo show foi de Maciel Salú, o cantor e compositor, que é filho do Mestre Salustiano. Ele cresceu em contato com as raízes da cultura pernambucana, como a ciranda e o maracatu. O artista já passou por outros polos do FIG em edições anteriores e, nesta oportunidade, apresentou-se com seu tradicional forró de rabeca. Em seu repertório, o olindense incluiu uma versão “A Morte do Vaqueiro”, canção imortalizada na voz de Luiz Gonzaga.

Os garanhuenses Paula Ferro e Calhiandro Mendes trouxeram o filho Ayrton para curtir o seu primeiro Festival de Inverno e elogiaram a programação do evento. “Ele gosta bastante de pular e dançar e na noite de hoje está aproveitando. O FIG é a única festa cultural que a gente vem, porque sempre tem uma boa programação que agrada a todos”, afirmou Paula.

O terceiro show da noite foi o projeto “Cantos Rurais”, formado pelo músico e poeta Adiel Luna em conjunto com o Mestre Bule Bule. A iniciativa que busca unir os sons de Pernambuco e Bahia tem como marca a diversidade de elementos do samba de roda, repente e do coco e da cantoria de viola. A chuva já caía quando, logo em seguida, subiu ao palco a cantora Alice Caymmi, neta do compositor soteropolitano, Dorival Caymmi. No show, músicas do seu segundo disco, intitulado Rainha dos Raios, além do lançamento “Louca”.

Toda a expectativa era pela apresentação da cantora e compositora Baby do Brasil. A carioca iniciou sua carreira no grupo musical Novos Baianos, onde conheceu os integrantes Morais Moreira e Pepeu Gomes, com quem foi casada. Com o grupo, lançou o disco “Acabou Chorare”. Agora em carreira solo, Baby conta com a participação do baterista Jorginho Gomes, da época dos Novos Baianos, e  reproduz os seus grandes sucessos como “A Menina Dança” e “Menino do Rio”, composta por Caetano Veloso.

Fotos: Aquilles Soares – Secom/PMG

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