Projeto Educação Ambiental Inclusiva oportuniza que cegos tenham contato com a natureza

publicado: 18/09/2015 12h31,
última modificação: 18/09/2015 12h34

Grupo despertou sentidos como olfato e tato tendo contato direto
com várias espécies de plantas

Dando continuidade às ações do projeto Educação Ambiental Inclusiva, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) levou, nessa quinta-feira (17), o grupo Alegria Renovada, do Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência Visual (CAP), para conhecer as belezas naturais da sementeira municipal, localizada na comunidade Várzea. Na oportunidade, o grupo de mais de 10 integrantes, acompanhado por seus professores, pôde realizar uma trilha que explorou a audição, o olfato e o tato.

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Renato Mattos, ao lado da primeira-dama do município, Socorro Régis, recepcionou os visitantes explicando os objetivos do projeto. O titular da pasta contou que outras instituições locais e estudantes de escolas públicas e privadas também vêm conhecendo os trabalhos de educação ambiental. “Nossa pasta foi criada recentemente. Estamos buscando recursos junto ao Governo Federal para implantar grandes projetos de preservação ambiental, mas as ações de educação ambiental seguem intensificadas. Hoje, vocês conheceram um pouco desse espaço, que é mantido por meio de parcerias e que é onde as flores são produzidas para manutenção dos canteiros e praças”, disse.

Com 60 anos de idade, dona Maria do Socorro Bezerra era uma das mais empolgadas. Há mais de um ano no CAP, ela evidencia a importância de momentos como esse para se sentirem mais incluídos na sociedade. “É muito bom. Eu moro no bairro da Boa Vista e no começo, quando comecei a participar do grupo, fiquei meio assim, com medo de não me acostumar, mas logo me adaptei. Lá eu conto história, faço educação física e dou muita risada. Lá é um riso só, viu”, disse.

A água da chuva que caiu forte não atrapalhou a trilha. O grupo de cegos teve, ainda, uma surpresa. Uma cobra da espécie jiboia foi levada para que os mesmos tivessem contato com o animal. Muitos tocaram e sentiram a cobra, que foi capturada por proprietários rurais recentemente, encaminhada à Semarh, e devolvida à floresta próxima da área. A sementeira possui pouco mais de dois hectares de terra e produz, mensalmente, aproximadamente 20 mil mudas de mais de 80 espécies, entre elas palmeira areca-bambu, palmeira imperial, petúnia, begônia e cravo.

Do som da queda d’água das nascentes do Rio Mundaú, encontradas na sementeira, às texturas dos galhos das árvores, a ação oportunizou uma viagem de sentimentos, alcançando a proposta de inclusão social por meio do contato com o meio ambiente. A cada passo, uma nova descoberta; a cada toque, se via um sorriso; a cada som, uma nova pergunta era feita. E assim foi a tarde do grupo Alegria Renovada, fazendo jus ao seu nome, provando que não há limites para ser feliz.

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Texto e fotos: Cloves Teodorico
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